QUALY NUTRIÇÃO ANIMAL
MANEJO DE CONFINAMENTO DE BOVINO
17/11/2021
Parceria Técnica com EMVEP Jr. (Empresa Júnior de Medicina Veterinária)
Escrito por Equipe Técnica EMVEP
Graduandos de Medicina Veterinária da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA-USP)
No Brasil, atualmente, predomina a criação de bovinos a pasto, em que o crescimento, desenvolvimento e capacidade produtiva do rebanho depende muito da qualidade da pastagem que está sendo ofertada e do próprio potencial genético do animal, sendo que ambos os fatores ainda estarão sujeitos às condições ambientais. Desta maneira, animais criados, exclusivamente, a pasto podem não conseguir expressar todo o seu potencial de produção e deixar de atingir as taxas de ganho de peso esperadas ao longo do ano.
Deste modo, levando em consideração a demanda do mercado mundial de carne por um produto com qualidade superior e que atinja as expectativas de diferentes tipos de consumidores, surgiu a necessidade da utilização de outro sistema de produção com o intuito de suprir tanto as carências deixadas pela falta de pasto durante o período da seca como a diminuição do tempo de terminação. Assim, esses fatores estimularam os produtores a migrarem os animais de terminação para o sistema de confinamento, o qual possibilita um maior ganho de peso em menos tempo, além de permitir que o pasto anteriormente ocupado por esses animais possa ser usado para as fases de cria ou recria, simultaneamente, ou até mesmo como período de descanso para recuperação do solo, caso haja necessidade.
O sistema de confinamento, segundo (PIRES et al., 2010), é “… o sistema de criação de bovinos em que lotes de animais são encerrados em piquetes ou currais com área restrita, e onde os alimentos e água necessários são fornecidos em cochos.”. Ou seja, é a produção de animais mantidos dentro de baias individuais ou conjuntas, sendo aplicados diferentes tipos de manejo, e que há o controle da ração ofertada, com o objetivo de aumentar a produção, melhorar o rendimento e terminação da carcaça e reduzir os custos e o tempo de produção. Com relação aos benefícios do confinamento, pode-se citar como exemplos: produção de carnes mais macias e róseas, capacidade de alocar altas taxas demográficas em menor área, maior rendimento da carcaça (conversão de alimentar em músculo), maior retorno produtivo (menor tempo de terminação pré-abate), retorno financeiro mais rápido investido na aquisição dos animais, melhor acabamento da carcaça (animais mais jovens e/ou com menor chance de ocorrer problemas de manejo que reflitam na qualidade da carcaça, como hematomas e doenças, parâmetro às vezes usado para bonificação pela qualidade em frigoríficos), melhor preço de venda (animais confinados tendem a possuir um preço superior ao de pasto), dentre outros.
Contudo, no Brasil, mesmo considerando todas as características e benefícios do sistema de confinamento, cerca de 87% dos bovinos abatidos ainda são criados a pasto. Acredita-se que esse alto percentual seja devido à menor complexidade do sistema de produção a pasto em relação ao confinamento, pois mesmo que a promessa seja de um rendimento maior e menor tempo de produção, para atingir esses objetivos o produtor deve atentar-se a diversos fatores como: a criação de instalações eficientes que permitam o manejo correto dos animais, tanto nutricional quanto sanitário; um treinamento correto de funcionários (apontado como um das maiores causa do aparecimento de doenças, alterações metabólicas e rendimento menor que o esperado); formulação de rações balanceadas por profissionais capacitados, sendo estas oferecidas aos animais em quantidades e horários bem definidos, evitando problemas devido a mudanças bruscas de dieta ou oferecimento em quantidades inadequadas de ingredientes.
Desta forma, o confinamento surgiu como uma proposta para a exploração de todo o potencial genético do animal em associação com controle nutricional e redução da influência ambiental no crescimento e rendimento dos animais, entregando para o mercado bovinos com uma melhor qualidade carne e menor tempo de produção. Entretanto, para que o sistema seja efetivo é necessária a realização correta e adequada do manejo sanitário e nutricional, além do investimento em instalações adequadas.
A Qualy Nutrição Animal possuí uma linha direcionada para bovinos corte, com produtos para o confinamento e semiconfinamento como: QualyProtein 25, QualyProtein 40, QualyProtein 1000, QualyBeef, QualyBeef Grão Inteiro e QualyBeef Peso.
Entre em contato com nosso departamento técnico, para melhor indicação de dieta para seu rebanho.
Referências bibliográficas consultadas:
DE BORTOLI, D.S.; MARQUEZAN, L.B. O.; ARALDI, D. F. ASPECTOS POSITIVOS DO CONFINAMENTO DE BOVINOS DE CORTE: REVISÃO DE LITERATURA, 2013. Disponível em:
FONSECA, H. M. PECUÁRIA DE PRECISÃO APLICADA EM CONFINAMENTOS BOVINOS. [s.l: s.n.]. Disponível em:
OLIVEIRA, C. Evolução do confinamento no Brasil – Geração Confinatto. Disponível em:
PIRES,A.V. Bovinocultura de corte. FEALQ, 2010 v.1, 760p
SILVA, Haryson Henrique Pereira da. “QUALIDADE DA CARNE DE BOVINOS TERMINADOS EM SISTEMA DE PASTAGEM OU CONFINAMENTO.” / Haryson Henrique Pereira da Silva; Rodrigo Vidal Oliveira – Brasília 2017 – 32p: il.
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