QUALY NUTRIÇÃO ANIMAL
Curiosidades de dietas de aves e suas categorias
03/01/2022
Parceria Técnica com EMVEP Jr. (Empresa Júnior de Medicina Veterinária)
Escrito por Equipe Técnica EMVEP
Graduandos de Medicina Veterinária da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA-USP)
A criação de aves no Brasil é grande precursora de toda a produção animal no país, sendo sua origem na época da colonização. Por anos, os animais foram mantidos soltos no campo e levavam cerca de seis meses para atingir o peso considerado ideal para o abate. Com o aumento da demanda populacional, a avicultura industrial começou a se desenvolver e se estruturar, avançando com tecnologias que impulsionaram a cadeia produtiva significativamente (GOULART et al., 2016).
Perante a isso, é válido lembrar dos pilares que sustentam a produção avícola, sendo eles: o manejo genético, o controle sanitário, a alimentação de qualidade e a preocupação com a ambiência nas granjas. Atualmente a nutrição de aves é o ponto-chave para o desenvolvimento do setor, objetivando, consequentemente, a alta produtividade. Isso se dá devido ao fato de que as estratégias nutricionais são as grandes aliadas da produção, pois permitem que os animais expressem todo o seu potencial, com o máximo aproveitamento dos recursos (AMERAH et al., 2008).
Dessa forma, é sabido que cada categoria produtiva desses animais possuem demandas nutricionais específicas e direcionadas para a eficiência produtiva, ou seja, produzir mais e melhor em menos tempo. As estratégias nutricionais são planejadas e ajustadas de acordo com essas exigências.
As exigências nutricionais são formuladas especificamente para a espécie e linhagem, sendo constantemente atualizadas de acordo com os avanços na melhoria genética. Entretanto, de uma forma geral, para aves de postura têm-se as seguintes categorias para formulação de programas de alimentação Inicial e Crescimento. Já para aves de corte, têm-se as seguintes categorias: Inicial, Crescimento e Terminação (BRUZEGUEZ, 2002).
Apesar de todo conteúdo técnico já estabelecido e desenvolvido por diversas linhas de pesquisas, ainda é visto que algumas informações errôneas permanecem sendo veiculadas. Um dos principais mitos na produção avícola é o de que os frangos se desenvolvem com a utilização de hormônios. No entanto, tanto em postura como em corte, não são utilizados hormônios na dieta para promover o crescimento, pois as moléculas de hormônio não são desenhadas para serem incorporadas às dietas, além de que essa prática seria inviável economicamente em produções de larga escala.
Outro mito bastante comum é o de que a cor da casca do ovo determina qualidade e tipo de criação. Mas a verdade é que a cor é determinada pela linhagem da ave, ou seja, linhagens vermelhas produzem ovos vermelhos e estes são mais caros porque essas aves têm maiores necessidades nutricionais do que as aves brancas. Vale ressaltar que o valor nutritivo dos ovos é o mesmo, sendo esse muito mais influenciado pela dieta e pelo tipo de criação do que pela linhagem.
Por fim, o alto grau de produção que as aves conseguem obter é devido aos avanços tecnológicos realizados na área, nutrição, sanidade, genética e práticas de conforto animal. Destaca-se a genética por ser a responsável pelo desenvolvimento de linhagens adaptadas com a característica de produtividade acentuada. Além disso, existem ferramentas de nutrição para fazer a projeção de cenários e estabelecer as estratégias nutricionais específicas para a propriedade, somando aos equipamentos modernos que permitem automação alimentar. Ademais, ressalta-se que existe muito investimento tecnológico nas áreas que garantem segurança, certificação e rastreabilidade dos produtos. Em resumo, a produção avícola atualmente possui todos os alicerces que comprovam ser um investimento com extremo potencial de sucesso.
A Qualy Nutrição Animal disponibiliza uma equipe técnica para melhor avaliação de cada tipo de atividade dos animais, orientando sobre o produto específico para a alimentação balanceada e completa.
Referências bibliográficas consultadas:
AMERAH, A.M.; RAVINDRAN, V. Influence of method of whole-wheat feeding on the performance, digestive tract development and carcass traits of broiler chickens. Animal Feed Science and Technology, v. 147, n. 4, p. 326-339, 2008.
BRUZEGUEZ, J.L.C. Programas de Alimentação com “5” fases para frangos de corte. Artigo técnico. Poli-nutri Alimentos. 2002.
GOULART, F.R.; ADORIAN, T.J.; MOMBACH, P.I.; SILVA, L.P. Importância da fibra alimentar na nutrição de animais não ruminantes. Revista de Ciência e Inovação do IF Farroupilha, v. 1, n. 1, 141-154, 2016.
ROSTAGNO, H.S; et al. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. 4 Ed. – Viçosa : Departamento de Zootecnia, UFV, 2017.
RUFINO, J.P.F. Fibra alimentar em dietas para aves – Uma revisão. Rev. Cient. Avic. Suin., v. 3, n. 2, p. 033-042, 2017.
SAKOMURA, N.K; et al. Programas de alimentação para matrizes pesadas após o pico de postura, com base em modelos para predizer a exigência energética. Revista Brasileira de Zootecnia. 2004, v. 33, n. 5. 2005.
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